Os posts do MVG falam muito do comprometimento consigo, de enxergar a vida com mais respeito a si mesmo e de correr atrás de desejos, sonhos e vontades próprios.
Precisamos viver menos os nossos medos e viver mais as nossas vontades.
O Minha Vida Gay, de certo, é contra a repressão que provocamos contra nós mesmos porque gay, na grande maioria das vezes, dentro ou fora do armário, se limita por forte influência negativa das inseguranças ou dos esteriótipos.
O blog é contra o preconceito existente na sociedade, principalmente contra o preconceito de gays para gays.
Contra os modelos pré-definidos, tantas vezes heterossexualizados e que não devem ser a única fonte para nos modelar.
Devemos, sim, criar, ir de encontro com o nosso íntimo e compartilhar o que temos de melhor com o outro porque, de fato, somos todos capazes e podemos ir além.
O MVG, apesar da maioria das vezes ter um tom mais sério, diz respeito sobre a energia da jovialidade, energia essa que pode estar dentro de uma embalagem de 12 anos ou de 60 porque no final, o que importa, é a felicidade por se viver.
Não existe tempo certo para as coisas acontecerem. Existe apenas o seu tempo.
Falo também da importância de nos superar, buscar modificar as rotas, quebrar padrões e nos permitir viver experiências diferentes do que estamos tão sempre acostumados.
O Minha Vida Gay pode até dar um tom otimista, com jeitão de alienado, mas lembre-se que ele retrata a vivência de um gay de 35 anos que há 12 já foi do céu ao inferno, e depois voltou para o céu de novo.
Racionalidade é importante mas nem sempre tem a ver com vivacidade.
Precisamos brigar contra os esteriótipos porque somos diversos. Não podemos consentir com os dois ou três modelos sociais que nos definem. A sociedade, na realidade, é míope e muitas vezes nós colaboramos para ofuscar.
Sobre a nossa intimidade sexual, de fato, o próprio nome já diz: íntimo, pessoal. A princípio não precisamos do aval de ninguém para sermos plenos e vivermos a nossa sexualidade. Claro que pais e mães são pessoas importantes no processo de aceitação, claro que se deve respeito. Mas suprimir a nossa realidade a ponto de doer, a ponto de nos reduzir ou nos perder das próprias jovialidade e identidade é uma falta de respeito imensa a nós mesmos.
Por fim, e não menos importante, precisamos viver mais o aqui e o agora porque não existem garantias para o amanhã. Tentar preservar um pouco do futuro é sensato. Viver do passado é prisão. Escrever o “aqui e o agora” é sábio.
Você leva a vida pautada na sua felicidade?
Que ótimo texto.
Muito reflexivo ao mesmo tempo motivador. Palavras que precisa ouvir.